O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís (SINDJOR-SLZ) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) emitiram nesta quinta-feira (12), uma nota de repúdio contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o afastamento da jornalista Jacqueline Heluy do cargo de diretora de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), sob a justificativa de nepotismo.
As entidades classificaram a decisão como “equivocada e desproporcional”, apontando que a relação de parentesco entre Jacqueline Heluy e o governador Carlos Brandão, usada como base para o afastamento, não se enquadra nos critérios estabelecidos pela Súmula Vinculante n° 13, que regula casos de nepotismo no serviço público.
Jacqueline Heluy é jornalista há 33 anos e tem uma trajetória marcada pela dedicação ao jornalismo público e pelos relevantes serviços prestados ao Poder Legislativo maranhense. Segundo a nota, sua carreira foi construída com mérito e competência, sem qualquer relação com favorecimentos familiares.
O SINDJOR-SLZ e a FENAJ também destacaram que Jacqueline não ocupa cargo no Poder Executivo, mas sim no Legislativo, o que torna ainda mais injustificável a decisão do STF. Para as entidades, o caso mostra uma generalização inadequada, desconsiderando as especificidades da situação e prejudicando tanto a profissional quanto a credibilidade da Justiça.
“Apelamos para que o Supremo Tribunal Federal reavalie a decisão, com a devida atenção às particularidades do caso, garantindo que profissionais qualificados não sejam injustamente penalizados”, reforçou a nota, assinada por Leonardo Sampaio, presidente do SINDJOR-MA.
A nota também considerou o afastamento como um ataque à dignidade do jornalismo público, conclamando o STF a assegurar uma análise mais criteriosa e justa. Jacqueline Heluy recebeu a solidariedade das entidades, que reafirmaram seu compromisso em defesa dos profissionais da comunicação e do respeito às leis.






