Sérgio Moro pede demissão e deixa Governo Bolsonaro

Ex-juiz Sergio Moro, que pediu demissão do cargo de ministro da Justiça - UESLEI MARCELINOO ex-juiz federal e agora ex-ministro da justiça, Sérgio Moro, surpreendeu o País na manhã desta sexta-feira (24), ao convocar uma coletiva de imprensa e anunciar sua demissão do cargo que ocupava desde Janeiro de 2019.

Moro alegou interferências políticas e o estopim para decisão de sair foi o imbróglio envolvendo a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de sua confiança, mas que o presidente Jair Bolsonaro queria fora do Governo, o que Moro não concordou.

Durante a coletiva, Moro disse que precisava preservar sua biografia.

Bolsonaro contra-ataca

Como já era esperado, Bolsonaro também convocou uma coletiva, e desta vez, promoveu uma aglomeração ao aparecer ao lado dos seus ministros (sem máscaras) e tentou, em vão, explicar a demissão de Moro, em um discurso desconexo e sem propósito algum.

Jair Bolsonaro, ministros e apoiadores se aglomeram em pronunciamento do presidente - Cláudio Reis/Framephoto/Estadão Conteúdo

O pronunciamento do presidente durou 45 minutos, o maior do mandato até agora, onde ele negou que tenha pedido informações sigilosas da PF e afirmou que não quis usar a corporação para proteger sua família.

O presidente também acusou Moro de fazer chantagem com ele por uma vaga de ministro no STF.

“Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: ‘o senhor pode trocar o Valeixo, sim. Mas em novembro, depois que o senhor me indicar para ministro do Supremo Tribunal Federal’”, disse Bolsonaro. “Me desculpe, mas não é por aí”, completou o presidente.

Mais cedo, em seu discurso de despedida, Moro negou ter pedido uma vaga no STF. O ex-ministro voltou a negar a acusação feita pelo presidente.

Dentre outras atrocidades, Bolsonaro falou da sogra, de cartão corporativo, do filho que “pegava” o condomínio todo e do caso Marielle.

Resumindo: Mais um discurso confuso, onde ninguém entendeu bulhufas e que só piora a cada dia que passa.

Triste fim!

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