Sá Marques alerta sobre condições técnicas dos reservatórios e integrará comitiva que vai vistoriar Consórcio da Alumar

Diante da tragédia envolvendo a cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, por conta do rompimento da barragem de rejeitos da Vale, onde o número de vítimas só aumenta, e já em alerta também aqui no Maranhão, os vereadores de São Luís farão uma visita de inspeção na Barragem de Minério do Consórcio Alumar, localizada na BR – 135, na próxima quinta-feira (31).

O objetivo da iniciativa é checar, in loco, o funcionamento dos chamados lagos vermelhos, locais onde são despejados rejeitos de bauxita, substância prejudicial aos seres humanos, a fauna e a flora.

Ainda no ano de 2018, o vereador Sá Marques, que também é presidente da Comissão de Segurança e membro da Comissão de Direitos Humanos e Educação da Câmara de São Luís, fez um pronunciamento advertindo sobre a existência temerária dos reservatórios de rejeitos da Alumar. Falou sobre o perigo, pois a fábrica se encontra praticamente parada há anos, com riscos de contaminação do meio ambiente, especialmente dos lençóis freáticos, que também são utilizados na parte de abastecimento de agua potável pra Ilha, além da questão temerária para os próprios funcionários, que ainda se encontram nas instalações da indústria e da população que circula a fábrica.

De acordo com Sá Marques, a toxidade, em se comparando com os rejeitos da Vale é infinitamente superior , já que na linha de produção da Alumar, se utiliza a soda cáustica. “É um perigo, por ser uma substância altamente abrasiva e tóxica, de ter que atingir até os lençóis freáticos”, frisou.

Sá Marques fala do assunto com propriedade, pois já foi funcionário da Alumar, tendo sido técnico do laboratório químico, ou seja, tem respaldo suficiente para debater sobre o assunto.

O parlamentar informou também, que o professor doutor Rogério Telles, um dos maiores especialistas do País em águas, vai integrar a comitiva dos vereadores que participará da vistoria.

“Neste primeiro momento, será elaborado um relatório, onde será providenciada uma audiência pública com a presença de vários órgãos envolvidos, como a Delegacia de Meio Ambiente, Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente, Conselho Regional de Química, além do de Engenharia e Agronomia.

Nota da Alumar

Em nota divulgada recentemente, o Consórcio de Alumínio do Maranhão – formado pelas empresas Alcoa, Rio Tinto e South32 – garantiu que opera dentro dos mais altos padrões internacionais e que este trabalho está alinhado as ações de várias agências ambientais e regulatórias, incluindo as Secretarias do Meio Ambiente, no sentido de garantir excelência dos serviços e evitar riscos.

“A Alumar possui sete áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita. E destas, três já foram fechadas e reabilitadas. Aplicando os melhores recursos tecnológicos e as mais rigorosas normas de engenharia do mundo, a Alumar, em parceria com a UFMA, tem desenvolvido pesquisas para a transformação sustentável do resíduo”, afirmou o Consórcio.