“Em qualquer lugar do mundo, os três já estariam presos”, desabafa pai de Brunno Matos

Passados 71 dias do assassinato do advogado Brunno Matos, finalmente chegou o dia da audiência de instrução e julgamento do processo que investiga a morte do advogado, além das tentativas de homicídio contra Alexandre Matos Soares, Wesley Oliveira e Kelvin Chiang. A audiência foi realizada na última quarta-feira (17), na Segunda Vara do Tribunal do Júri, Fórum Sarney Costa e durou quase 10 horas.

A expectativa em torno do caso era grande, principalmente por parte da família de Brunno Matos, que esperava que o juiz determinasse a prisão dos três acusados de envolvimento no caso: Carlos Humberto Marão, João José Nascimento e Diego Polary. Mas, para surpresa de todos,o juiz do caso, Gilberto de Loura Lima, decidiu deixar em liberdade os três acusados, alegando que eles não representam perigo á sociedade.O juiz também abriu prazo de 10 dias para as alegações finais e afirmou que, finalizado esse período, vai decidir se os indiciados irão a júri popular.

Em entrevista a uma rádio local, o pai de Brunno Matos, Rubem Soares, disse estar perplexo com a decisão do juiz em deixar todos em liberdade. Rubem Soares também criticou o promotor do caso, Agamenon Batista, classificando-o de ineficiente e omisso, “pois em momento algum ele partiu pra cima dos acusados, deixou a coisa rolar, pouco falou e foi uma decepção muito grande”, revelou o pai do advogado. Que disse ainda que o Maranhão é um Estado que deve ter vindo de outra galáxia.  “São evidências que em qualquer lugar do mundo, os três já estariam presos,mas existem coisas que só acontecem aqui no Maranhão”, finalizou.

Deixe uma resposta