O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) divulgou, na tarde desta sexta-feira (22/4), que 118.776 empregos com carteira assinada foram extintos no país em março. Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) equivalem a uma variação negativa de 0,30% no estoque de empregos, comparada ao mês anterior. Com essa variação, o estoque atingiu 39,3 milhões de postos de trabalho em março. É a primeira vez desde março de 1999 que o número de vagas cortadas é maior do que o de admissões. Também é o pior março da série histórica, que começou em 1997. No trimestre, já somam 322.992 postos de trabalho fechados.

De acordo com o Caged, as maiores reduções foram registradas no Sudeste (-58.004 ou -0,28%) e Nordeste (-46.269 ou -0,71%). No conjunto das nove áreas metropolitanas, a retração foi de 0,38% (-59.666 postos), com destaque para São Paulo (-25.884 postos ou -0,40%) e Belo Horizonte (-8.265 postos ou -0,57%)
Apenas em quatro dos 27 estados, o saldo foi positivo no mês. No Rio Grande do Sul, houve a criação de 4.803 postos, uma variação de +0,18% devido à Indústria da Borracha e Fumo e Couros (+4.243 ou +8,96%) e Calçados (+1.753 ou +1,75%). Goiás teve saldo positivo de 3.331 postos ou +0,28%, em razão da Agropecuária (+1.608 ou +1,70%) e Indústria Química (+1.381 ou +2,82%). Em Roraima, a geração de 200 vagas (+0,43%) foi puxada pelo bom desempenho do Comércio Atacadista (+167 ou +5,79%). Em Mato Grosso do Sul, houve a criação de 187 postos de trabalho (+0,04) em função da expansão do setor de Serviços (+787 ou +0,42%).
Dos oito setores de atividade econômica, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+ 4.335 postos ou + 0,48%). O Comércio teve uma perda de 41.978 (-0,46%) com 41.516 (-0,55%) das vagas perdidas no comércio Varejista, seguido da Indústria de Transformação (-24.856 postos ou -0,33%) e a Construção Civil (-24.184 ou -0,92%). No setor de Serviços, verificou-se a perda de 18.654 postos (-0,11%), mas houve desempenho positivo nos setores de Ensino (+13.030 ou +0,79%) e em Serviços Médicos Odontológicos (+5.686 ou +0,29%). Na Indústria da Transformação houve geração de vagas na Indústria da Borracha, Fumo, Couros, Peles e Similares (+3.881 ou +1,19%); Calçados (+3.871 ou 1,31%) e Indústria Química (+2.545 ou +0,28%). Os segmentos que apresentaram maior queda foram: Mecânica (-6.501 postos ou -1,15%), Metalúrgica (-5.960 postos ou -0,91%) e Produtos Alimentícios (-5.483 postos ou -0,29%).
Correio Braziliense




