A presidente Dilma Rousseff decidiu elevar de R$ 15 bilhões para até R$ 20 bilhões a meta de redução de gastos públicos. Mais adiante, em uma outra etapa do ajuste nas contas, o Planalto pretende aumentar alíquotas de impostos já existentes para zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento para 2016. Esse arranjo abriria caminho político no Congresso para a criação de novos tributos que teriam como meta atingir o superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
A equipe econômica chegou a sugerir o congelamento de salários do funcionalismo. Por ora, essa ideia não será levada adiante porque tem alto custo político. Os programas sociais também serão sacrificados, mas, segundo os auxiliares da presidente, a ideia é tentar preservá-los ao máximo.
A ideia era zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões somente com cortes, mas essa meta foi descartada. A equipe econômica insistirá na elevação de alíquotas e na recriação de impostos, como a volta da CPMF. Após o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, Dilma decidiu implementar os cortes.
A princípio, queria forçar o Congresso a aprovar o aumento de impostos imediatamente. Há uma expectativa de que os cortes comecem a ser divulgados a partir de hoje, quando a presidente volta a se reunir com a equipe de coordenação de governo. A primeira leva de medidas gira em torno da revisão de contratos, reavaliação dos investimentos, demissão de funcionários comissionados e até venda de imóveis. Também estão em estudo a aglutinação e o corte de ministérios.
Do Portal Confederação Nacional dos Municípios




