FIEMA sedia etapa do Bioeconomy Amazon Summit (BAS) Itinerante

A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) sediou, na quinta-feira (9), uma das etapas do Bioeconomy Amazon Summit (BAS) Itinerante, iniciativa voltada à conexão entre líderes empresariais, empreendedores, pesquisadores, representantes do poder público e investidores interessados em soluções sustentáveis para a Amazônia.

O encontro ocorreu na sede da entidade, em São Luís, com o objetivo de mapear e fortalecer o ecossistema de bioeconomia da região e contou com a presença da diretora da FIEMA, Leonor de Carvalho.

O BAS Itinerante é um exercício de escuta ativa e construção coletiva que busca compreender as especificidades de cada capital amazônica, dar visibilidade a iniciativas inovadoras e criar pontes entre a Amazônia e redes nacionais e internacionais de investimento. O Maranhão foi o último estado a receber a série de encontros, que percorreu as nove capitais da Amazônia Legal conectando e estimulando os ecossistemas locais de inovação.

Realizado pela Kyvo, Instituto Amazônia+21, Itaúsa e Jornada Amazônia, o evento contou, em São Luís, com o apoio institucional da FIEMA e foi promovido no auditório do Observatório da Indústria. A proposta é impulsionar o surgimento de novos negócios sustentáveis, fomentar redes colaborativas e identificar oportunidades capazes de gerar impacto econômico e ambiental positivo.

A CEO da Apoena Bio Indústria, Márcia Werlle, destacou o potencial da bioeconomia maranhense. A empresa, sediada em Coroatá, na região dos Cocais, atua na cadeia do coco babaçu, aproveitando integralmente do fruto.

“Além do tradicional óleo de babaçu, a Apoena produz carvão ativado, farinha da amêndoa e desenvolve, em parceria com universidades, uma bebida aromática semelhante ao café. A empresa também investe na formulação de biofertilizantes e suplementos alimentares para animais, reduzindo o desperdício e ampliando o valor agregado dos coprodutos”, disse.

Segundo Márcia Werlle, a participação da Apoena em feiras organizadas pelo BAS tem sido fundamental para fortalecer o ecossistema local e difundir o conceito de aproveitamento integral de matérias-primas amazônicas. “O Maranhão tem um potencial enorme, mas ainda pouco explorado. A bioeconomia pode ser o caminho para agregar valor e gerar desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O produtor executivo do BAS Itinerante, Guilherme Manechini, ressaltou o papel estratégico do Maranhão no fechamento da jornada do projeto. “O BAS percorreu todas as capitais da Amazônia Legal promovendo o diálogo entre empresários, universidades e governos. Aqui queremos destacar as soluções que estão surgindo em áreas como alimentos, fármacos e cosméticos, e mostrar que a Amazônia pode se tornar um polo global de inovação e sustentabilidade”, disse.


Manechini explicou ainda que o BAS funciona como uma plataforma de articulação voltada à bioeconomia, com o objetivo de identificar oportunidades e desafios regionais. Os dados coletados nas nove capitais serão apresentados na COP30, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Amazônia+21. O projeto também conta com o suporte de instituições como SESI, SENAI e SEBRAE, além das federações das indústrias que forneceram infraestrutura e apoio institucional.

O coordenador do Observatório da Indústria da FIEMA, Carlos Jorge Taborda, destacou a importância do evento para o fortalecimento da inovação sustentável no estado. “Reunimos empreendedores, acadêmicos e investidores para discutir oportunidades de negócios e estratégias voltadas à bioeconomia. Esse tipo de diálogo é essencial para consolidar o Maranhão como referência em soluções sustentáveis na Amazônia”, afirmou.

Deixe uma resposta