Caminhoneiros seguem hoje com paralisações nas rodovias do país

Pelo menos 50 pontos de manifestações e bloqueios de caminhoneiros autônomos em rodovias federais e estaduais foram registrados ontem em 13 estados. No primeiro dia do protesto da categoria que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff, caminhões ficaram parados ao longo das pistas ou simplesmente atravessados, impedindo a passagem de outros veículos. No decorrer do dia, os atos foram tomando fôlego depois de começarem tímidos e desacreditados pelo governo.

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No fim da tarde de ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou o movimento coordenado pelo Comando Nacional do Transporte como “indiscutivelmente político” e sem pauta de negociações. A Polícia Rodoviária Federal (PFR) foi orientada a multar em cerca de R$ 1,9 mil quem impedisse as passagens e a usar o efetivo para retirar das vias quem as bloqueassem. “Fechar uma estrada, paralisar uma estrada, é algo que efetivamente não se aceita em um estado de direito, em uma democracia.”

Hoje, o ato segue com a mesma orientação: só deixar passar pelos bloqueios os veículos leves, ônibus, ambulâncias, cargas vivas e alimentos perecíveis. Em nem todos os estados houve bloqueio. No Espírito Santo e no Mato Grosso do Sul, por exemplo, a tentativa era de sensibilizar quem cruzava as estradas no transporte de cargas. Um caminhão chegou a ser depredado. “A adesão pelo país superou as nossas expectativas e deve crescer”, comemorou Ivar Schmidt, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte. Sem pauta de reivindicações para apresentar ao Palácio do Planalto, o movimento só promete parar quando a presidente Dilma Rousseff deixar o poder. “Apostamos na renúncia, mas se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, protocolar o processo de pedido de impeachment nós já nos damos por satisfeitos”, avisou.

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